O INEGI pretende criar soluções para melhorar a eficiência energética dos processos produtivos e descarbonizar o uso de energia no setor da resina.

O setor da resina desafiou o INEGI a criar soluções para melhorar a eficiência energética dos seus processos produtivos e descarbonizar o uso de energia, contribuindo para a redução da pegada ambiental do setor. A equipa de especialistas pôs mãos à obra e delineou 6 medidas com impacto na redução do consumo energético e das emissões de Gases de Efeito de Estufa (GEE).

recuperação de calor residual e a integração de fontes renováveis de energia são duas delas. Ambas, explica Francisco Lázaro, responsável pelo projeto no INEGI, “promovem reduções significativas no uso de energia e, consequentemente nas emissões de GEE associadas”. Estimam-se reduções entre 25% a 30% no uso de energia e entre os 11% e os 70% nas emissões de gases poluentes.

eletrificação de processos, nomeadamente por integração de bombas de calor para uso industrial, é uma outra solução rumo à eficiência energética e descarbonização do setor. Tem potencial para diminuir em 28% o uso de energia anual e em 20% as emissões de GEE. No entanto, alerta Francisco Lázaro, “a sua eficácia na descarbonização depende do uso de fontes de energia renovável para produção de eletricidade”.

Somam-se a estas medidas a aplicação de isolamento térmico, a valorização de subprodutos e o retrofitting de equipamentos e processos.

É possível concluir que o isolamento térmico é de fácil implementação e tem um retorno rápido, mas seu impacto é, normalmente, reduzido. Já a valorização energética de subprodutos reduz o uso de Gás Natural, sem grandes investimentos”, refere Francisco Lázaro.

Medidas reforçam esta indústria

Este trabalho está a ser desenvolvido no âmbito do Projeto Integrado RN21, que reúne um consórcio de 37 entidades – entre as quais o INEGI – para revitalizar um dos setores tradicionais da economia nacional e inovar em toda a cadeia de valor. Desde a floresta ate ao consumidor final, passando pelo momento da resinagem.

Com um investimento superior a 26 milhões de euros e um apoio financeiro da União Europeia no valor de mais de 17,6 milhões de euros, o projeto tem uma duração de cerca de três anos e assenta em três pilares: o fomento da produção da resina natural nacional, o reforço da sustentabilidade da indústria transformadora e a aposta na diferenciação positiva da resina natural e dos produtos derivados.

Cabe ao INEGI coordenar o grupo de trabalho que está a desenvolver soluções para o uso eficiente de água e de energia, bem como conduzir a transição do setor para energias renováveis.

Projeto Integrado RN21 é cofinanciado pela União Europeia, no âmbito do programa Bioeconomia do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). É uma das 23 agendas de inovação que conta com o contributo do INEGI.

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