O consórcio Resina Natural 21 (RN21) – ForestWISE, que a Escola Superior Agrária do Politécnico de Coimbra (ESAC-1PC) integra, quer devolver à resina natural a sua importância na economia nacional. Com utilidade nas indústrias automóvel, têxtil, do calçado e alimentar, principalmente no que se refere ao fabrico de embalagens biodegradáveis, de componentes mais leves e sustentáveis para automóveis, de calçado mais duradouro e à melhor fixação de cor nos tingimentos de tecidos, a resina mostra-se como matéria-pri- ma com alto potencial económico, inclusive para exportação. Após, na década de 70, ter sido a terceira matéria-prima mais exportada do país, a resina natural volta a estar no centro das atenções através do Projeto Integrado RN2, que visa modernizar e tornar o produto mais sustentável em Portugal, abrangendo toda a cadeia de valor, desde a floresta até ao consumidor final, ao envolver um total de 37 entidades distintas localizadas, na sua grande maioria, no Norte e Centro do país, zona onde existe mais pinheiro-bravo. Além de instituições de ensino superior, como é o caso da ESAC, o consórcio RN21, liderado pelo CoLAB ForestWISE, conta com: entidades da indústria da transformação de resina, que junta nomes como a TECMEAT, a Simol- des Plásticos, S.A., a Tintex e a CTCP; empresas produtoras de resina, tais como a Raízes Independentes; empresas de Ia e 2a transformação, como, por exemplo, a Pinopine; Comunidades Intermunicipais; e associações
florestais.
Este Projeto Integrado ambiciona ainda promover o desenvolvimento sustentável das regiões onde a Resina Natural é produzida, implicando as comunidades locais e fortalecendo a economia regional. Com enfoque no aumento da produtividade e da qualidade da Resina Natural, assim como na diversificação dos produtos derivados, o projeto propõe-se a criar novas oportunidades de negócio para empresas e produtores nacionais, promovendo, em simultâneo, a certificação da Resina Natural e garantindo a sua origem e a qualidade, o que contribuirá para a competitividade na cadeia de valor do mercado global. Contribuir para a bioeconomia, a re- siliência económica, a neutralidade carbónica, a coesão territorial e o reforço da aposta na ciência e tecnologia em Portugal são ainda ambições deste projeto, sendo que para atingir os objetivos mencionados, o consórcio RN21 trabalha em 22 medi- das-chave, divididas em três pilares de atuação e diferentes atividades. 2025 é o último ano do projeto, que está a ser desenvolvido no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência e do qual poderá ficar a saber tudo em https://rn2lforestwise.pt/.

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